sábado, 5 de junho de 2010

A arte de acocorar ou o que fazer quando não há wc


Por Obvious - Un olhar mais demorado


Pode parecer um tema inapropriado para esta época do ano mas gostava que encarassem este post como um presente de Natal verdadeiramente útil. Já pensaram no que fariam se, após ser acometidos por uma súbita cólica intestinal, descobrissem que não existe nenhum WC nas redondezas? Para um ocidental como nós, esta é uma visão de horror. Eis, pois, alguns conselhos preciosos.

O hábito de usar sanitas onde nos sentamos confortavelmente é uma aquisição recente na cultura ocidental, ainda assim mais antiga do que a descarga de água ou do que o próprio papel higiénico, este último uma invenção com cerca de 100 anos. O que se sempre se praticou foi o acocoramento e, em vez do papel, usou-se palha, folhas de plantas, areia e outras soluções mais ou menos ortodoxas e criativas. Ainda hoje na maior parte do planeta se recorre ao acocoramento. Papel higiénico nem vê-lo.

Para o viajante amante da aventura, esta realidade tem tanto de excitante como de dramático e pode levá-lo a limitar as suas incursões exploratórias a um raio de 50 metros do hotel. Mesmo assim, muitos hotéis da Ásia e África não possuem uma sanita convencional e sim aquilo que se chama uma "sanita turca" ou "vaso turco", respectivamente em Portugal e no Brasil. Assim, caro viajante, na impossibilidade de transportar sempre consigo um WC portátil, o melhor é aprender algumas regras básicas que lhe permitam encarar com confiança as suas deslocações.

Para começar, assumamos este princípio: um WC nunca tem uma sanita nem papel higiénico e sim um buraco no chão com um balde de água ao lado (deste modo, estaremos sempre preparados para o pior e pode até dar-se o caso de termos uma agradável surpresa). Como fazer, então? É o que passamos a explicar detalhadamente. As almas mais sensíveis não devem ler o texto que se segue.

Basicamente a operação consiste no seguinte: depois de fazermos as necessidades limpamos o ânus com a mão esquerda e água. No fim lavamos as mãos, claro. Deve ser esta a origem do aperto de mão ser dado sempre com a mão direita, suponho eu.
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